Operafest Lisboa 2022

Ópera Express para Novos Encenadores

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Excertos Cânticos Para a Remissão da Fome

António Chagas Rosa

 

Barão e Duquesa, Ninguém e Todo o Mundo (2018)

Daniel Moreira

 

Minotauro (estreia absoluta)

João Ricardo

Maratona Ópera XXI + Criações

 

6 SET | 21h00

Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga

 

Prémio Carlos de Pontes Leça

 

É com grande orgulho que o Operafest Lisboa, o festival de ópera "fora da caixa" que quer trazer a ópera para mais próximo do mundo de hoje, apresenta o único concurso de ópera contemporânea português, potenciando a sua renovação, novos compositores, intérpretes e criativos para trazerem à ópera  propostas estimulantes!

 

A 3ª edição do concurso Maratona Ópera XXI- no âmbito do Operafest Lisboa 2022, em co-produção com MPMP Património Musical vivo,  aposta na divulgação e revisitação de repertório contemporâneo, em língua portuguesa, de pequeno formato, já composto e na emergência de novos talentos na encenação de ópera.

 

Pretende-se assim revistar repertório contemporâneo, possibilitando a sua descoberta por novos públicos e novas leituras do mesmo, assim como potenciar a apropriação da ópera por uma maior e mais variado número de criativos, oriundos de várias áreas das artes performativas, como forma de estimular novos olhares e uma maior abertura à comunidade artística contemporânea.

 

Três candidatos encenadores apresentarão versões de cada excertos das duas óperas seleccionadas de António Chagas Rosa e Daniel Moreira e o vencedor ganhará o Prémio Carlos de Pontes de Leça. Esta Maratona apresenta ainda, fora do concurso, a estreia absoluta da ópera Minotauro de João Ricardo - vencedor do Prémio  Carlos de Pontes Leça, da edição anterior,  em torno mais uma vez, do tema do destino, subjacente à programação desta edição, e ainda retomando a ideia do labirinto, desta vez, do mito original do labirinto de Creta.

 

Propõe-se um programa entusiasmante, com excertos de duas óperas contrastantes, uma de 1994 com tragédia lírica arrebatadora, outra de 2018 de humor cortante irresistível e ainda uma estreia absoluta.

 

Barão e Duquesa, Ninguém e todo o mundo (2018)
Um empresário falido e uma viúva vivem uma tragédia familiar sem precendentes. Todavia, ao mesmo tempo que Dom Turismo leva Simãozinho, filho do casal a cometer um infeliz deslize, poderá afinal oferecer-lhes salvação. Haverá hotel que redima a dor infinita de uma alma gourmet?

 

Cânticos para a remissão da fome (Cena 3)
Na 3ª cena da ópera assistimos a uma recriação da corte da princesa Libuse da Boémia. Esta figura lendária governou um efémero principado medieval, onde o poder político e militar estava nas mãos das mulheres, desempenhando os súbditos do sexo masculino funções subalternas. A 1º Prisioneira (Milena) é iniciada como guerreira amazona pela sua amiga Margarete (2ª Prisioneira), mais um dos sonhos alienados das duas prisioneiras do campo de concentração de Ravensbrück. Shudi comenta e incita a acção, com ironia e desprezo pela condição humana.

 

MINOTAURO: apontamento para um recomeço é um episódio operático que propõe uma desconstrução do mito do Minotauro. Vagamente inspirado no tratamento desta fábula por Jorge de Sena e Jorge Luís Borges, dá-se aqui voz ao Minotauro, mas também às diferentes vozes que poderiam ter vivido na sua consciência e alimentado a sua imaginação.

 

FICHA ARTÍSTICA

Direcção musical: Jan Wierzba
Encenadores: Anna Leppänen, Inês Filipe, Rodrigo Aleixo e Daniela Cruz
Desenho de Luz: Pedro Santos

 

Elenco
Barão: João Valido Vaz
Duquesa: Beatriz Volante

 

Shudhi: Catarina Mouro
1ª Prisioneira: Beatriz Volante
2ª Prisioneira: Ana Rita Colho

 

Minotauro: João Valido Vaz
Consciência e carrasco: Ana Rita Coelho e Beatriz Volante
Ensemble MPMP

 

Júri

Catarina Molder, soprano e direcção artística do OPERAFEST

Edward Ayres de Abreu, compositor e musicólogo

Miguel Loureiro, actor e encenador

Rui Horta, coreógrafo e encenador

Pedro Penim, actor, encenador e director Teatro Nacional Dona Maria II