Operafest Lisboa 2021

20 AGO a 11 SET

Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga

 

Lágrimas, mistério e utopia

 

Depois do sucesso do seu arranque no Verão de 2020, o novo festival de ópera na cidade, dirigido pela soprano Catarina Molder e com a produção da Ópera do Castelo, em parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga, é uma realidade com provas dadas e está de volta com nova edição em 2021, para levar a emoção da ópera a todos, com epicentro no cenário único, do Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga.

Ainda na senda da tragédia, matéria essencial da ópera, seguindo a  matriz programática “quanto pior, melhor”, mas na ressaca de uma pandemia que paralisou o mundo, colocando em causa a vida social e partilha humanas, a arte apresenta-se como uma via inestimável para  o mundo do ilimitado, onde tudo é possível!

 Será uma programação que conjuga lágrimas, mistério e utopia.

 

De Nagasaki a Lisboa

Arranca no Japão, em Nagasaki  com Madama Butterfly (20, 21,23,25 e 27 AGO, 21h30) e a história de amor trágico da gueixa de Cio-cio San com o tenente americano da marinha mercante Pinkerton, pelo mestre da emoção Giacomo Puccini, com direcção musical de Jan Wierzba e encenação da coreógrafa Olga Roriz. Do outro lado do mundo, algures numa América urbana, surge A Médium de Gian-Carlo Menotti (28 e 29 AGO, 21h30), de volta a Lisboa, passadas mais de quatro décadas, uma das óperas de maior sucesso do compositor italo-americano, sobre Madame Flora, uma médium farsante que acaba por sucumbir à sua própria armadilha, dirigida pela maestrina Rita Castro Blanco, na primeira incursão no mundo da ópera, da actriz e encenadora, Sandra Faleiro. 

Passando a uma América prondunda, onde reina o paradigma máximo do capitalismo com a Mahagonny Songspiel, que marca a primeira colaboração Brecht/Weill, onde o maior pecado é ser-se pobre- kabarett de intervenção, apresentada em dose dupla com uma nova criação da compositora Ana Seara, Até que a morte nos separe que finalmente estreia a ópera que a pandemia atrasou, a partir do conto homónimo de Ana Teresa Pereira- um argumento de irresistível filme noir, também sob  batuta de Jan Wierzba, pela mão do encenador António Pires (3 e 4 SET, 21h30).  

Uma Gala de Ópera encenada Alma em Fogo (7 SET, 21h30) apresenta uma galeria de heróis e anti-heróis, de personagens bons que lamentam o seu infortúnio e outras que rejubilam com a desgraça provocada, com convidados internacionais  e árias incontornáveis.  O Maratona Ópera XXI, propõe (9 SET, 21h30), um concurso para novas árias, os momentos em que a voz em todo o seu esplendor mais nos atinge - em vez de um festival da canção, um Festival da Ária! Ópera Satélite propõe novas leituras, caminhos e explorações operáticas, desde logo, Máquina Lírica - aulas de canto para curiosos, que podem assim ter a tão ansiada auto-descoberta vocal,  Aulas/Debate e Conferências em torno de temáticas variadas ligadas à matéria operática e à programação desta edição e finalmente  a fechar o festival a Rave operática “Mostra-me o caminho do próximo bar”, (11 SET, 21h30). Parafraseando o conhecido Alabama Song da Mahagonny Songspiel, esta rave propõe uma noite de celebração e sonho, com a fusão entre o mundo pop, cabaret e disco, com ópera,  com muita cor e muita loucura operática!

 

Bem vindos ao Operafest e ao mundo trágico da ópera!