O ciclo Cine-ópera em parceria com a Cinemateca Portuguesa, em torno dos contágios múltiplos entre cinema e ópera este ano, tirando partido do tema do festival (amores proibidos), a proposta centra-se num quarteto de filmes que vão desde a adaptação de La Traviata por Franco Zeffirelli (1982) à versão de Menina Júlia, de Strindberg, assinada por Alf Sjöberg (1951), passando por O DIA DO DESESPERO, de Manoel de Oliveira (1992), coincidindo com os duzentos anos do nascimento de Camilo Castelo Branco. O ponto alto? O CASTELO DO BARBA AZUL (1963), transposição para televisão de O Castelo do Barba Azul, a única ópera criada pelo compositor húngaro Béla Bartók, por Michael Powell em 1963, e que durante muito tempo permaneceu uma obra-prima pouco vista de um dos maiores cineastas britânicos de todos os tempos.
A única ópera composta por Béla Bartók, com libreto de Béla Balázs, estreada em 1918 em Budapeste. Michael Powell faz, a partir dela, um dos seus mais belos filmes, e dos menos conhecidos, marcado por um estilo visual delirante e fantástico e onde as cores "parecem construir a própria forma". Um dos raríssimos exemplos de ópera em cinema, inteiramente conseguidos e inteiramente mágicos.
Adaptação do drama homónimo de August Strindberg, que se transformou numa das obras maiores do cinema sueco, inovadora no trabalho de câmara, na descontinuidade da narrativa e no audacioso erotismo (para a época).
La Traviata, uma das mais belas óperas de Verdi, é transposta ao grande ecrã por Franco Zeffirelli, produtor de óperas e realizador de adaptações de clássicos literários ao cinema (como Shakespeare), acompanhado da batuta de James Levine e da Metropolitan Opera. Com a soprano Teresa Stratas e o tenor Plácido Domingo, a história vem de um outro clássico, A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, sobre o amor ilícito entre uma cortesã e um jovem burguês, cuja relação é transtornada pelo pai dele em prol do lugar da família na sociedade francesa. Eis os traços trágicos que se repetem, inevitável e inexoravelmente em LA TRAVIATA, onde o talento de Zeffirelli para a direção de arte e o olho para o guarda-roupa o leva a conceber um mundo luxuoso sem ser opressivo, colocando o foco firmemente nos intérpretes e nas suas vozes. O realizador pega na encenação que fez em 1958 com Maria Callas, em Dallas, no Texas, para nos mostrar o desfecho narrativo primeiro, com os três atos da ópera como flashback. Um dos 100 filmes preferidos de Akira Kurosawa.
Oliveira aproxima-se dos últimos anos de Camilo Castelo Branco a partir de cartas do escritor, refletindo os seus conflitos e dramas e a relação atormentada com Ana Plácido. Inteiramente filmado na casa de Camilo em S. Miguel de Seide, é um dos mais austeros filmes de Oliveira. O plano que acompanha as rodas da carruagem no início do filme, assim como o plano-sequência final, tornam O DIA DO DESESPERO um exemplo elucidativo da utilização que Oliveira deles faz.
O ciclo Cine-ópera em parceria com a Cinemateca Portuguesa, em torno dos contágios múltiplos entre cinema e ópera este ano, tirando partido do tema do festival (amores proibidos), a proposta centra-se num quarteto de filmes que vão desde a adaptação de La Traviata por Franco Zeffirelli (1982) à versão de Menina Júlia, de Strindberg, assinada por Alf Sjöberg (1951), passando por O DIA DO DESESPERO, de Manoel de Oliveira (1992), coincidindo com os duzentos anos do nascimento de Camilo Castelo Branco. O ponto alto? O CASTELO DO BARBA AZUL (1963), transposição para televisão de O Castelo do Barba Azul, a única ópera criada pelo compositor húngaro Béla Bartók, por Michael Powell em 1963, e que durante muito tempo permaneceu uma obra-prima pouco vista de um dos maiores cineastas britânicos de todos os tempos.
A única ópera composta por Béla Bartók, com libreto de Béla Balázs, estreada em 1918 em Budapeste. Michael Powell faz, a partir dela, um dos seus mais belos filmes, e dos menos conhecidos, marcado por um estilo visual delirante e fantástico e onde as cores "parecem construir a própria forma". Um dos raríssimos exemplos de ópera em cinema, inteiramente conseguidos e inteiramente mágicos.
Adaptação do drama homónimo de August Strindberg, que se transformou numa das obras maiores do cinema sueco, inovadora no trabalho de câmara, na descontinuidade da narrativa e no audacioso erotismo (para a época).
La Traviata, uma das mais belas óperas de Verdi, é transposta ao grande ecrã por Franco Zeffirelli, produtor de óperas e realizador de adaptações de clássicos literários ao cinema (como Shakespeare), acompanhado da batuta de James Levine e da Metropolitan Opera. Com a soprano Teresa Stratas e o tenor Plácido Domingo, a história vem de um outro clássico, A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, sobre o amor ilícito entre uma cortesã e um jovem burguês, cuja relação é transtornada pelo pai dele em prol do lugar da família na sociedade francesa. Eis os traços trágicos que se repetem, inevitável e inexoravelmente em LA TRAVIATA, onde o talento de Zeffirelli para a direção de arte e o olho para o guarda-roupa o leva a conceber um mundo luxuoso sem ser opressivo, colocando o foco firmemente nos intérpretes e nas suas vozes. O realizador pega na encenação que fez em 1958 com Maria Callas, em Dallas, no Texas, para nos mostrar o desfecho narrativo primeiro, com os três atos da ópera como flashback. Um dos 100 filmes preferidos de Akira Kurosawa.
Oliveira aproxima-se dos últimos anos de Camilo Castelo Branco a partir de cartas do escritor, refletindo os seus conflitos e dramas e a relação atormentada com Ana Plácido. Inteiramente filmado na casa de Camilo em S. Miguel de Seide, é um dos mais austeros filmes de Oliveira. O plano que acompanha as rodas da carruagem no início do filme, assim como o plano-sequência final, tornam O DIA DO DESESPERO um exemplo elucidativo da utilização que Oliveira deles faz.
Produção
Parceria Institucional e
Programação
Financiamento estrutura
Mecenas
Parceiros Institucionais
Apoios Institucionais
Co-Produção
Parceiros Programação
Apoios
Media Partners
Operafest Lisboa 2025 ©
Produção
Parceria Institucional e
Programação
Financiamento estrutura
Mecenas
Parceiros Institucionais
Apoios Institucionais
Co-Production
Parceiros Programação
Apoios
Media Partners
Operafest Lisboa 2025 ©
Operafest Lisboa 2025 ©